Pesquisadores do Laboratório de Psicofisiologia colaboram em estudo publicado sobre resposta emocional a alimentos ultraprocessados

Pesquisadores do Laboratório de Psicofisiologia colaboram em estudo publicado sobre resposta emocional a alimentos ultraprocessados

No mundo em que vivemos estamos expostos constantemente a alimentos ultraprocessados, que são aqueles que possuem uma lista de ingredientes enorme e com vários componentes químicos que não temos na cozinha de nossas casas. O consumo desses alimentos já foi fortemente associado a danos à saúde e ao meio ambiente. 

Mas o que nos leva a consumir estes alimentos em detrimento de outros mais saudáveis e sustentáveis? 

A resposta a esta pergunta pode estar na reação emocional positiva que estes alimentos provocam nos consumidores, seja por sua composição rica em ingredientes agradáveis ao paladar (como sal, açúcar, gordura, aditivos realçadores de sabor), seja pela propaganda agressiva vinculada a estes alimentos. 

Neste estudo nós investigamos a resposta emocional dos indivíduos diante de alimentos ultraprocessados e de alimentos in natura/ minimamente processados. Utilizamos uma metodologia padrão dos estudos das emoções que inclui imagens de diferentes categorias emocionais e possibilita compreender o quanto os indivíduos expressam diferentes graus de prazer e de ativação perante os mesmos. 

Nossos resultados mostraram que os alimentos ultraprocessados evocam emoções positivas mais intensas do que os alimentos in natura e minimamente processados, o que associou-se com uma maior intenção de consumi-los. Esses achados contribuem no direcionamento de políticas públicas que visam reduzir o alto consumo de alimentos ultraprocessados e proteger a saúde da população.

O estudo foi realizado pela aluna de doutorado do programa de pós-graduação em Ciências Biomédicas da Universidade Federal Fluminense, Thayane Lemos, sob orientação da professora Isabel David (Laboratório de Neurofisiologia do Comportamento, LabNec: http://labnec.sites.uff.br/). O trabalho contou com a colaboração de pesquisadores do Laboratório de Psicofisiologia da UFOP (Bruna Eugênia Ferreira Mota - aluna de doutorado PPGSN e professora Gabriela Souza - PPGSN/DECBI). Além de outros pesquisadores do LabNec, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens-USP) e do Departamento de Nutrição Aplicada da UERJ.  

Para saber mais, basta acessar o artigo completo publicado na revista Frontiers in Public Health (https://doi.org/10.3389/fpubh.2022.891546)